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  Confira mais um capítulo da História de Portugal

Por: Nelson de Paula.

"Castelo do Lindoso" - 10/02/2019

Pouco depois os espanhóis voltaram a atacar Lindoso pela serra Amarela com 600 homens de infantaria e cavalaria. Manuel de Oliveira Pimenta desbaratou-os com as forças do Lindoso. Em 1659 era alcaide do castelo Manuel de Sousa Meneses. Em 1662, de acordo com descrição coeva, o castelo dispunha de uma guarnição de 30 Infantes e 20 auxiliares; compunha-se de 46 "baluartes" com sua ponta de pau à raiz do parapeito da primeira muralha, com uma estacada rolante que a cingia toda.

Naquele ano, forças espanholas sob o comando do Mestre de Campo General Dom Baltasar de Rojas y Pantoja penetraram em Portugal pela fronteira do rio Minho e estabeleceram quartel-general no Paço de Giela (Arcos). Em seguida cruzaram o rio Lima em Vila Nova e ocuparam o Castelo da Nóbrega, para daí atacar a Barca e Braga, no que foram impedidos pelas forças sob o comando do comandante das Armas do Minho, general Dom Francisco de Sousa, 5º conde do Prado.

Atacaram de seguida o Castelo do Lindoso com 1000 infantes e 1500 cavaleiros, sob o comando do General de Artilharia Dom Francisco de Castro. No Lindoso, estas forças receberam o reforço de mais 3000 infantes e 12 peças de artilharia, enviadas pelo arcebispo da Arquidiocese de Santiago de Compostela.

Defendia o Castelo do Lindoso uma pequena guarnição, sob o comando do alcaide-mor, Manuel de Sousa Menezes. Suportaram o assédio durante 5 dias, mas impedidos de receber os reforços enviados pelo Comandante de Armas da Província do Minho, foram derrotados com pesadas baixas, entre as quais 4 capitães, 1 sargento-mor e muitos soldados, além de do próprio alcaide, com vários ferimentos.

O castelo ficou guarnecido por 300 espanhóis. Notificado das ações meritórias prestadas pelo engenheiro militar italiano Dom Gaspar Squarzafigo, marquês de Buscayólo, então Mestre de Campo e Superintende das fortificações da Galiza, na conquista do mesmo, o soberano espanhol determinou-lhe a construção de um forte em torno da cerca medieval. Este forte, no sistema de Vauban, viria a ter cinco baluartes.

1693 é a data inscrita ladeando a porta de entrada contígua à torre. Em outubro, o conde do Prado ordenou ao Tenente João Rebelo Leite a reconquista do castelo, para o que lhe forneceu 300 soldados de infantaria e 4 companhias de cavalaria sob o comando do capitão João Correia Carneiro, e ordens para levar consigo as Ordenanças das terras vizinhas.

Em 1664 sendo Governador de Armas do Minho Dom Francisco de Sousa, deu-se a reconquista portuguesa do castelo, destacando-se a ação do capitão Carlos Malheiro Pereira, de Manuel de Sousa Meneses, 8º Senhor do Lindoso, e de João Velho Barreto, Vasco de Azevedo Coutinho, Pedro Falcão Zuniga, Diogo de Caldas e João Rebelo Leite.