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  Confira mais um capítulo da História de Portugal

Por: Nelson de Paula.

"Castelo de Montemor-o-Velho" - 09/02/2020

No início do século XIX, no contexto da Guerra Peninsular, as suas dependências foram ocupadas pelas tropas francesas de Napoleão, sob o comando de Jean-Andoche Junot, entre 1807 e 1808. Três anos mais tarde, no caminho da retirada das tropas derrotadas de André Masséna, foi saqueado e depredado, juntamente com a vila.

Com a extinção das Ordens Religiosas em Portugal (1834), o seu pátio de armas passou a ser utilizado como cemitério da vila. Nesta fase registrou-se o reaproveitamento de suas pedras pela população local. Em 1877 uma das suas torres foi adaptada como Torre do Relógio.

O Castelo de Montemor-o-Velho e a Igreja de Santa Maria da Alcáçova encontram-se classificados como Monumento Nacional por Decreto publicado em 23 de Junho de 1910. Em 1929, por iniciativa de um particular, António Rodrigues Campos, empreendeu-se uma campanha de defesa que chegou a promover alguns restauros no monumento. Em bom estado de conservação, o monumento encontra-se atualmente aberto ao público.

Na cota de cinquenta e seis metros acima do nível do mar, em alvenaria de pedra, o conjunto apresenta planta irregular, constituída pelo castelejo, uma cerca principal, a barbacã ameada envolvente, um cercado a Norte e um reduto inferior, a Leste.

O castelejo constitui-se por um reduto definido pelo aproveitamento do espaço angular entre a Torre de Menagem, a Sudeste, e a cortina Norte, reforçado por quatro cubelos. A Torre de Menagem, situada a Leste, apresenta planta quadrada dividida em pavimentos. Os cubelos apresentam planta quadrada e semicircular, dois dos quais com aberturas em arco quebrado.

Na barbacã foram rasgadas duas portas: a Porta da Peste, pelo lado Sudeste, vizinha à Torre de Menagem, substituindo a arruinada porta principal, e a Porta da Nossa Senhora do Rosário, rasgada a Sul e remodelada posteriormente.

Na encosta virada a Noroeste avançam os panos de muralha que descem da barbacã. Estas duas cortinas erguem-se perpendicularmente ao corpo do castelo e são terminadas por robustas torres quadradas.

No setor Sudoeste encontram-se as ruínas do antigo paço senhorial, que se prolongava na área da barbacã. Este paço foi iniciado no século XI por D. Urraca, irmã de D. Teresa de Leão, e posteriormente remodelado pelas infantas filhas de D. Sancho I para se transformar num típico paço senhorial.