Por: Nelson de Paula.
Sidónio Pais 4º Presidente de Portugal - 21/02/2016
Sidónio Bernardino Cardoso da Silva Pais nasceu em Caminha, em 1 de maio de 1872 e faleceu em Lisboa, em 14 de dezembro de 1918. Foi um militar e político que, entre outras funções, exerceu os cargos de deputado, ministro do Fomento, ministro das Finanças, embaixador de Portugal em Berlim, ministro da Guerra, ministro dos Negócios Estrangeiros, presidente da Junta Revolucionária de 1917, presidente do Ministério e presidente da República Portuguesa.
Enquanto presidente da República, exerceu o cargo de forma ditatorial, suspendendo e alterando por decreto normas essenciais da Constituição Portuguesa de 1911. Fernando Pessoa chamou-lhe Presidente-Rei. Oficial de Artilharia, foi também professor na Universidade de Coimbra, onde lecionou Cálculo Diferencial e Integral.
Protagonizou a primeira grande perversão ditatorial do republicanismo português, transformando-se numa das figuras mais fraturantes da política portuguesa do século XX. Em 1966, o seu corpo fora solenemente trasladado para o Panteão Nacional da Igreja de Santa Engrácia (Lisboa), quando da sua inauguração.
A cerimónia ocorreu no dia 5 de dezembro e homenageou igualmente com estas honras outros ilustres portugueses. Antes disso, o seu corpo encontrava-se na Sala do Capítulo do Mosteiro dos Jerónimos.
Sidónio Pais nasceu em Caminha, Distrito de Viana do Castelo, filho de Sidónio Alberto Pais, notário e secretário judicial de ascendência judia Cristã-nova de Barcelos (pelo seu trisavô António Velho da Fonseca), e de Rita da Silva Cardoso Pais, ambos naturais de Caminha.
Casou-se em Amarante em 1895 com Maria dos Prazeres Martins Bessa, com quem teve cinco filhos. Bernardo Sassetti (de seu nome completo Bernardo da Costa Sassetti Pais), reconhecido pianista português, era seu bisneto. Completou a instrução primária na Sertã, onde viveu entre os 7 e 11 anos – aí seu pai era notário.
Concluiu os seus estudos secundários no Liceu de Viana do Castelo, após o que seguiu para Coimbra, onde cursou os preparatório de Matemática e Filosofia. Destinado à carreira militar, entrou em 1888 para a Escola do Exército, frequentando o curso da arma de artilharia. Aluno de destaque, completou com distinção o curso e foi promovido a alferes em 1892, a tenente em 1895, a capitão em 1906 e a major em 1916.
Após a conclusão do curso da Escola do Exército matriculou-se na Universidade de Coimbra, onde se licenciou em Matemática, disciplina em que se doutorou, naquela mesma Universidade, no ano de 1898. Data deste período a sua adesão aos ideais republicanos, quando a Monarquia Constitucional Portuguesa vivia os seus anos finais.