Por: Nelson de Paula.
António José de Almeida 6º Presidente de Portugal - 24/04/2016
António José de Almeida foi um político republicano português, sexto presidente da República Portuguesa, cargo que exerceu de 5 de Outubro de 1919 a 5 de Outubro de 1923. Foi o único presidente da Primeira República Portuguesa a cumprir integralmente e sem interrupções o seu mandato de 4 anos, tendo com ele Portugal retornado a uma presidência civil. A data do seu nascimento é feriado municipal em Penacova.
António José de Almeida nasceu em Vale da Vinha, uma aldeia da freguesia de São Pedro de Alva do concelho de Penacova, distrito de Coimbra, filho de José António de Almeida e de sua mulher Maria Rita das Neves. Foi batizado na Igreja Paroquial de São Pedro de Farinha Podre, hoje São Pedro de Alva, a 3 de setembro de 1866.
Oriundo de uma família modesta, o seu pai afirmou-se como pequeno industrial e comerciante local, chegando, no final do século XIX, a ocupar a presidência da Câmara Municipal de Penacova. Em 1880 matricula-se no Liceu Central de Coimbra, terminando o Curso Geral dos Liceus em 1885. Nesse mesmo ano inscreve-se nos preparatórios de Medicina.
Depois de ter frequentado o ensino primário em São Pedro de Alva, em 1880, com catorze anos de idade, matriculou-se no Liceu Central de Coimbra, terminando o Curso Geral dos Liceus em 1885. Nesse ano, inscreve-se nos preparatórios de Medicina e, em julho de 1889, ingressa no curso de Medicina da Universidade de Coimbra, no qual se ocupa durante os seis anos que se seguiram (conclui o bacharelado a 30 de julho de 1894, e finaliza o curso de Medicina no ano seguinte).
Nos seus tempos de estudante, António José de Almeida viveu intensamente o período do Ultimato Inglês e o profundo movimento de descontentamento social que implicava a família real na cedência aos interesses coloniais do Reino Unido em África. Era ainda aluno de Medicina na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, quando, em 1890, publicou no jornal acadêmico O Ultimatum um artigo que ficou célebre, intitulado "Bragança, o último", que foi considerado insultuoso para o rei D. Carlos.
Como resposta ao ataque pessoal, é-lhe instaurado um processo judicial e acaba por ser condenado a uma pena de três meses de prisão. A sua defesa é levada a cabo por Manuel de Arriaga. A 25 de Setembro desse ano, quando sai da prisão, é alvo de calorosas aclamações populares. António José de Almeida foi casado com Maria Joana Perdigão Queiroga, com quem teve uma filha (Maria Teresa).