Por: Nelson de Paula.
António José de Almeida 6º Presidente de Portugal - 08/05/2016
A 10 de Julho de 1919 Antonio José de Almeida foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito. A Tomada de posse como Presidente António José de Almeida se deu em 5 de Outubro de 1919. António José de Almeida candidatou-se à Presidência da República nas eleições de 1919, após o término do mandato de João do Canto e Castro.
Este havia sido eleito em Dezembro de 1918 para ocupar o cargo no que restava do mandato interrompido de Bernardino Machado. Nos termos da Constituição Política da República Portuguesa de 1911 que então vigorava, o Presidente da República era eleito através de sufrágio indireto, requerendo pelo menos dois terços dos votos das duas Câmaras (Deputados e Senado) reunidas em sessão conjunta.
As eleições tiveram lugar a 6 de Agosto de 1919, e decidiram-se ao fim do terceiro escrutínio, tendo António José de Almeida obtido 73,7% dos votos, contra os 18,6% do segundo candidato mais votado, Manuel Teixeira Gomes. O Presidente da Republica eleito toma posse em 5 de Outubro de 1919, em sessão solene preparada para a ocasião.
António José de Almeida teve a distinção de ter sido o único presidente que, durante a Primeira República, ocupou o cargo até ao fim do mandato para o qual foi eleito (1919-1923). O Presidente viria ainda a dar posse a dezesseis governos nos quatro anos do seu mandato (dezessete, se se contasse o "Governo dos Cinco Minutos" liderado por Francisco Fernandes Costa, que foi nomeado e exonerado no mesmo dia.
Numa primeira fase do mandato de António José de Almeida, é patente uma grande instabilidade económica, social, e política. Se, por um lado, Portugal ainda se encontra em processo de pagamento das dívidas da Primeira Guerra Mundial, por outro, o Reino Unido cancela a assistência financeira ao país.
Os bens alimentares escasseiam, e a inflação crescente provoca agitação social: sente-se a tensão entre os trabalhadores, o Estado, a pequena e a média burguesia e o patronato — sucedem-se as greves (dos trabalhadores dos telefones e da indústria corticeira; seguida da greve dos ferroviários, correios, telégrafos e tabacos; mais tarde, dos trabalhadores de imprensa, da Carris e da indústria conserveira em Setúbal).