Por: Nelson de Paula.
Manuel Teixeira Gomes 7º Presidente de Portugal - 26/06/2016
O novo Presidente da República tomou posse em 6 de Outubro de 1923, depois de ter prestado juramento de fidelidade à Constituição, perante o mesmo Congresso. De início, com o objetivo de se inteirar dos problemas, pede a António Maria da Silva para prosseguir no Governo, ao mesmo tempo que convida Afonso Costa. Depois deste ter, finalmente, declinado o convite, recomeçou a dança dos executivos.
O de Ginestal Machado dura um mês e três dias, o de Álvaro de Castro, seis meses e dezenove dias, o de Alfredo Rodrigues Gaspar quatro meses e onze dias, que terminará a 22 de Novembro de 1924, abrindo uma crise geral que só terminará com a queda da 1º República. Os dois meses e vinte e três dias de José Domingos dos Santos, os quatro meses e meio de Vitorino Guimarães, os trinta e um dias de António Maria da Silva, e os quatro meses e meio de Domingos Pereira, só vêm confirmar o ambiente de perturbação existente.
Perante o quadro de efervescência política, social e militar, se nos lembrarmos das greves e das tentativas de tomada do poder, de que são exemplo os acontecimentos militares de 18 de Abril de 1925, Teixeira Gomes sentindo, por um lado, que as forças republicanas estão cada vez mais isoladas e desunidas, e, por outro, que não dispõe de poderes para poder intervir no quadro legal imposto pela Constituição, resigna do seu mandato, em 11 de Dezembro de 1925.
Em 17 de Dezembro, embarca no paquete grego Zeus, não regressando mais em vida a Portugal. Em 1931, instalou-se em Bougie, na Argélia, onde viveu os seus últimos dez anos. É desta localidade que continua a colaborar com o jornal “O Diabo” e com a revista “Seara Nova”.
Morreu, como já foi referido, em 18 de Outubro de 1941, no quarto número 13, do Hotel I'Étoile, e foi sepultado no cemitério de Bougie. Em 16 de Outubro de 1950, a pedido da família, os seus restos mortais foram trasladados daquele último local, para o cemitério de Portimão, transportados a bordo do contra torpedeiro Dão.
Durante a cerimónia fúnebre, o antigo Presidente da República foi agraciado, a título póstumo, com a Grã-Cruz das três Ordens Militares Portuguesas, a Legião de Honra e as mais altas condecorações inglesas. Às obras já referidas há que acrescentar as escritas no seu retiro argelino, “Cartas a Columbano”, de 1932, “Novelas Eróticas” e “Regressos”, em 1935, “Miscelânea”, em 1937, e por último “Mana Adelaide” e “Carnaval Literário”, em 1938.