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  Confira mais um capítulo da História de Portugal

Por: Nelson de Paula.

António Sebastião Ribeiro de Spínola - 02/04/2017

Em 1961, como tenente-coronel, desempenha as funções de 2.º comandante e comandante do Regimento de Lanceiros 2. Com o início da guerra em Angola oferece-se como voluntário e organiza o Grupo de Cavalaria 345. É colocado com a sua unidade, em Angola, em 1961, onde frequenta por curto período um curso de aperfeiçoamento operacional no Centro de Instrução Militar de Grafanil, em Luanda.

A sua primeira missão é na região de Bessa Monteiro e mais tarde na região fronteiriça de São Salvador do Congo. Permanecerá em Angola até 1963. Em 1967, é nomeado 2.º comandante-geral da Guarda Nacional Republicana. Em 1968, é chamado para exercer as funções de governador e comandante-chefe das Forças Armadas da Guiné, cargos para que volta a ser nomeado em 1972, por recondução, mas que não aceita alegando falta de apoio do Governo Central.

Em novembro de 1973, é convidado por Marcelo Caetano, numa tentativa de o colocar no regime, para ocupar a pasta de ministro do Ultramar, cargo que não aceita. A 17 de Janeiro de 1974, é nomeado para vice-chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, por sugestão de Costa Gomes, cargo de que é demitido em Março, por se ter recusado a participar na manifestação de apoio ao Governo e à sua política.

A 25 de Abril de 1974, como representante do MFA (Movimento das Forças Armadas), aceita do Presidente do Conselho, Marcelo Caetano, a rendição do Governo, o que na prática significa uma transmissão de poderes.

Com a instituição da Junta de Salvação Nacional, órgão que passou a deter as atribuições dos órgãos fundamentais do Estado, a que presidia, é escolhido pelos seus membros para o exercício das funções de Presidente da República. Ocupará a Presidência da República a 15 de Maio de 1974, cargo que irá exercer até 30 de Setembro de 1974, altura em que renuncia e é substituído pelo general Costa Gomes.

Spinola escreveu algumas obras e as principais publicadas foram: Por Uma Guiné Melhor, em 1970; Linha de Ação, em 1971; No Caminho do Futuro, em 1972, e Por Uma Portugalidade Renovada, em 1973, obras reunidas em quatro volumes. Portugal e o Futuro, publicado em 1974. Ao Serviço de Portugal, publicado em 1976. País sem Rumo, publicado em 1978.