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  Confira mais um capítulo da História de Portugal

Por: Nelson de Paula.

"CASTELO DE TAVIRA" - 17/03/2024

O Castelo de Tavira localiza-se na União das Freguesias de Tavira (Santa Maria e Santiago), cidade de Tavira, distrito de Faro, em Portugal. Em posição dominante sobre a foz do rio Gilão a povoação desenvolveu-se como importante porto marítimo desde a Antiguidade. O Castelo de Tavira está classificado como Monumento Nacional desde 2014.

Embora a primitiva ocupação humana da região remonte à pré-história, uma campanha arqueológica empreendida em 1997, trouxe à luz um troço de muralha Fenícia datado do século VIII a.C., comprovando a existência de um entreposto ou de uma colônia aqui estabelecida por aquele povo de navegadores e comerciantes.

À época da Invasão romana da Península Ibérica, a povoação, então denominada Balsa, adquiriu importância estratégica devido à construção de uma ponte sobre o rio. Embora não tenham sido localizados vestígios materiais de uma fortificação neste período, acredita-se que um destacamento tenha guarnecido este trecho da antiga estrada romana.

Embora a pesquisa arqueológica remonte a povoação Muçulmana ao século XI, as primeiras informações escritas a seu respeito datam da primeira metade do século XII, quando era denominada at-Tabira, referindo a sua fortificação no contexto das lutas entre Almorávidas e almóadas, que levaram à submissão da povoação ao emir Almunine, em 1168.

"Neste ano os almóadas apertaram o cerco ao castelo de Tavira contra o traidor nele sublevado, Abedalá ibne Ubaide Alá, estreitando-o fortemente por terra e mar. Estabeleceram-se no Castelo de Cacela com o seu numeroso exército, atacando [Tavira] dia e noite, obtendo a toda a hora vantagens sobre os seus inimigos com a sua decisão de suprimir os seus danos e evitar os males que tinham causado desde o princípio do ano 546.

Por se reunirem no seu interior meliantes de toda a espécie, aventureiros e ladrões que perturbavam e se rebelavam e faziam dano aos muçulmanos por terra e por mar em todas as regiões. E era uma preocupação para as gentes do outro lado do Estreito e do Andaluz o saque dos bens dos viajantes e dos comerciantes em terras e mares.