Por: Nelson de Paula.
Manuel de Oliveira Gomes da Costa 10º Presidente de Portugal - 17/07/2016
Manuel de Oliveira Gomes da Costa nasce em Lisboa em 14 de janeiro de 1863, filho de Carlos Gomes da Costa, oficial subalterno de modesta origem camponesa e Madalena Rosa de Oliveira Costa. Seguindo a carreira de seu pai, passa parte da infância em Timor e em Macau, onde faz o primeiro exame no Seminário de São José.
Frequenta o Colégio Militar, ingressando depois no Curso de Infantaria da Escola do Exército. Casa com Henriqueta Júlia de Mira Godinho de quem tem três filhas. Depois de enviuvar, casa com Henriqueta Amorim Gomes da Costa. Assenta praça em novembro de 1880. Conclui o curso de infantaria em 1884, sendo então promovido a alferes graduado.
Seguem-se as promoções a alferes (dezembro de 1885), tenente (novembro de 1889), capitão para o Ultramar (julho de 1893), capitão (Janeiro de 1898), major (fevereiro de 1908), tenente-coronel (junho de 1912) e coronel (junho de 1914). De 1893 a 1915 vive quase ininterruptamente na Índia e em África.
Na Índia desempenha funções de ajudante do Governador-Geral e administrador do Concelho de Goa. Em 1895 ocupa o cargo de subchefe do Estado-Maior do Comando-em-chefe nas operações contra os rebeldes na Índia. A sua primeira estadia em Moçambique, onde, tal como em Angola, virá a exercer funções como Chefe do Estado-Maior das forças militares, decorre entre 1896 e 1907, tendo servido sob as ordens de Mouzinho de Albuquerque.
No ano de 1897 destaca-se nas operações contra os Namarrais e no combate de Macontene, em Gaza. Em fevereiro de 1908 embarca de novo para Moçambique, onde permanece até 1912. Pacificado o sul do território moçambicano, segue, depois, para Angola, onde chega em 28 de janeiro de 1912.
Transferido para São Tomé, em junho de 1912, regressa a Lisboa três anos depois (1915) para comandar os regimentos de Infantaria 1 e 16. É, contudo, no Corpo Expedicionário Português, formado em Tancos sob a supervisão de Norton de Matos, que adquire a popularidade.
Popularidade que, anos mais tarde, utilizará para chefiar o golpe militar que põe termo à experiência da 1º República. No dia 30 de janeiro de 1917, em plena Grande Guerra, parte para Flandres ao comando da 1º Brigada do CEP que se vai juntar às restantes tropas aliadas.
Um decreto de maio de 1918 promove-o a general por distinção e, por méritos e feitos militares no teatro de operações de Flandres, é condecorado com o grau de Grande Oficial da Ordem da Torre e Espada. Em 1921 é nomeado comandante da 4º Divisão do Exército, sedeada em Évora, e no ano seguinte o Governo envia-o em missão à China e à Índia, onde permanecerá até 1924.