Por: Nelson de Paula.
António Sebastião Ribeiro de Spínola - 26/03/2017
António Sebastião Ribeiro de Spínola teve uma atividade militar apreciada na guerra colonial de Angola. Na Guiné-Bissau, experimenta uma orientação inovadora como comandante-chefe e: notabilizou-se aqui pela política de tentativa de integração social que empreendeu. Como vice-chefe do Estado Maior General das Forças Armadas, foi exonerado devido à publicação do livro Portugal e o Futuro, em que punha em causa a política colonial do governo de Marcello Caetano.
Após o golpe militar de 25 de Abril de 1974, a Junta de Salvação Nacional elegeu-o para presidente da República. Vamos dar a conhecer os cargos que António de Spínola desempenhou, mostrar o momento em que recebeu a rendição de Marcello Caetano e como o seu livro teve influência na política.
Nasceu a 11 de Abril de 1910, em Estremoz, no Alto Alentejo, e faleceu em Lisboa a 13 de Agosto de 1996. Filho de António Sebastião de Spínola e de Maria Gabriela Alves Ribeiro de Spínola. Filho de uma família abastada: seu pai foi inspetor-geral de Finanças e chefe de gabinete de Salazar no Ministério das Finanças.
Em 1920, ingressa no Colégio Militar, em Lisboa, para fazer o ensino secundário que conclui em 1928. Em 1928, frequenta a Escola Politécnica de Lisboa. Casou, em 1932, com Maria Helena Martin Monteiro de Barros.
Colocado inicialmente, em 1928, no Regimento de Cavalaria 4, irá exercer as funções de instrutor, durante seis anos, no Regimento de Cavalaria 7, a partir de 1933, já como alferes. Em 1939, exercerá as funções de ajudante-de-campo do comandante da Guarda Nacional Republicana, general Monteiro de Barros, seu sogro, e dará início à sua colaboração na Revista de Cavalaria de que é co-fundador.
Em 1941, é integrado na missão de estudo do Exército português para uma visita à Escola de Carros de Combate do Exército alemão e à frente germano-russa.Em 1947, é nomeado para uma missão de estudo na Guarda Civil Espanhola, uma vez que exercia funções na Guarda Nacional Republicana.