Por: Nelson de Paula.
"Palácio Nacional da Pena (Sintra)" - 29/07/2018
O Palácio Nacional da Pena, popularmente referido apenas por Palácio da Pena ou Castelo da Pena, localiza-se na vila de Sintra, freguesia de São Pedro de Penaferrim, concelho de Sintra, no distrito de Lisboa. Representa uma das principais expressões do Romantismo arquitetônico do século XIX no mundo, constituindo-se no primeiro palácio nesse estilo na Europa, erguido cerca de 30 anos antes do Castelo de Neuschwanstein, na Baviera.
Em 7 de julho de 2007 foi eleito como uma das Sete Maravilhas de Portugal. O palácio está aberto para visitas turísticas, em 2013 teve 755.735 visitantes o que torna o palácio monumental mais visitado do País nesse ano. A ocupação do topo escarpado da serra de Sintra, onde se localiza o atual palácio, ocorreu com a construção de uma pequena capela sob a invocação de Nossa Senhora da Pena, durante o reinado de João II de Portugal.
No século XVI, Manuel I de Portugal no cumprimento de uma promessa, ordenou a sua reconstrução de raiz. Doou-a à Ordem de São Jerónimo, determinando a construção de um convento de madeira, e substituindo-o, pouco mais tarde, por um edifício de cantaria, com acomodações para 18 monges. No século XVIII a queda de um raio destruiu parte da torre, capela e sacristia, danos que foram agravados em decorrência do terremoto de 1755, que deixou o convento em ruínas.
Apenas a zona do altar-mor, na capela, com um retábulo em mármore e alabastro atribuído a Nicolau de Chanterenne, permaneceu intacta. No século XIX a paisagem da serra de Sintra e as ruínas do antigo convento maravilharam o rei-consorte Fernando II de Portugal. Em 1838 este decidiu adquirir o velho convento, a cerca envolvente, o Castelo dos Mouros e quintas e matas circundantes.
No tocante à área do antigo convento, promoveu-lhe diversas obras de restauro, com o intuito de fazer do edifício a sua futura residência de verão. O novo projeto foi encomendado ao minaralogista germânico Barão Von Exchwege, que era um arquiteto amador.
Homem viajado, Eschwege, que nascera em Hessen, deveria conhecer, pelo menos em forma de projeto, as obras que Frederico Guilherme IV da Prússia empreendera com o concurso de Schinkel nos Castelos do Reno, tendo passado em viagem de estudo por Berlim, Inglaterra e França, pela Argélia e por Espanha (Córdova, Sevilha e Granada).