Por: Nelson de Paula.
"Palácio Nacional da Pena (Sintra)" - 26/08/2018
A concepção dos interiores deste Palácio para adaptação à residência de verão da família real valorizou os trabalhos em estuque, pinturas murais em "trompe-l'oeil" e diversos revestimentos em azulejo do século XIX, integrando as inúmeras coleções reais em ambientes onde o gosto pelo bricabraque e pelo coleccionismo são bem evidentes.
Destacam-se ainda: a Sala dos Veados, ampla e cilíndrica, com uma larga coluna como eixo, exibe atualmente a exposição "Vitrais e Vidros: um gosto de Dom Fernando II". a Sala de Saxe, onde predomina a porcelana de Saxe. O Salão Nobre, onde estuques, lustres, móveis e pedaços de vitrais variam do século XIV ao século XIX, e onde se misturam elementos maçônicos e rosacrucianos.
O Gabinete do Rei Dom Carlos, antiga Sala do Capítulo do Mosteiro Jerônimo e Sala de Chá no tempo de Dom Fernando II, foi adaptada a gabinete pelo Rei Dom Carlos. No final da década de 1970, foram colocadas telas representando Ninfas e Sátiros no Parque da Pena, autoria do Rei Dom Carlos. O Terraço da Rainha, de onde melhor se pode observar a arquitetura do Palácio, o Relógio de Sol com um canhão que disparava ao meio-dia.
O Claustro Manuelino, parte original do antigo mosteiro do século XVI revestido de azulejos hispano-árabes a Capela, parte original do antigo mosteiro dos frades Jerónimos; os Aposentos de Dom Manuel II, onde se identifica o grande baixo relevo em madeira de carvalho quinhentista, de autor desconhecido, ilustrando a Tomada de Arzila, adquirido por Dom Fernando em Roma.
A Sala de Fumo, também conhecida como Sala Indiana, apresenta valiosas obras de arte, como o lustre neorrococó em vidro (do século XIX) e o baixo relevo "Cólera Morbus", de autoria de Vítor Bastos. O nome de Sala Indiana deriva da sua decoração, composta por mobiliário de Teca, de fabrico Indiano aqui colocado por iniciativa do Arquiteto Raul Lino, em 1940.
A Sala de Visitas, anteriormente conhecida como Sala Árabe, apresenta uma decoração datada de 1854 da autoria de Paulo Pizzi. A pintura desta sala representa uma arquitetura islâmica sob uma abóbada vegetalista. A perspectiva cria a ilusão de um espaço mais amplo para lá dos limites da sala e por fim as Salas de Passagem com porcelanas de Wenceslau Cifka, pertencentes às colecções do Rei Dom Fernando II.