Por: Nelson de Paula.
"Castelo de Belmonte" - 06/01/2019
No Século XVI, é edificado no Castelo de Belmonte o Solar dos Cabrais, havendo ainda registros de obras junto à porta principal do castelo nos Século XVII e XVIII. A partir de meados do século XVIII, o castelo entra em decadência deixando de ser residência senhorial e é progressivamente abandonado, chegando mesmo a ser usado para a pouco nobre função de celeiro.
Nos nossos dias, o Castelo de Belmonte tem funções turísticas e culturais, tendo para esse efeito sido construído um anfiteatro no interior do castelo, aterrando-se também as fundações de alguns compartimentos do edifício manuelino. O Castelo de Belmonte possui um traçado ovalado irregular, erguido em aparelho de pedra granítica, e a sua torre de menagem é de planta quadrada adossada pelo exterior, com 3 pisos, possuindo porta de acesso no 1º e no 2º piso.
A fachada principal do castelo, que fica orientada para o Sul, encontra-se rasgada por um portal de arco de volta perfeita. No cimo desse arco podemos observar esculpida uma esfera armilar e o brasão de armas dos Cabrais. No interior do Castelo de Belmonte, a característica mais notória é o edifício civil manuelino semidestruído de 2 pisos, edifício esse que constituía o Solar dos Cabrais. No interior encontra-se também um baluarte junto à porta Norte.
O acesso ao Castelo é feito através de uma entrada em L. No pano da muralha, podemos destacar não só as várias seteiras, mas também a famosa janela manuelina. A fachada principal do Castelo de Belmonte, orientada para o Sul, é rasgada por um portal de arco de volta perfeita, encimado por uma esfera armilar e pelas armas da família Cabral.
A história de Belmonte surge, normalmente, associada à história dos Cabrais e dos Judeus. Foi terra natal de Pedro Álvares Cabral, o navegador, que no ano de 1500 comandou a segunda armada à India, durante a qual se descobriu oficialmente o Brasil.
A presença humana no atual concelho de Belmonte está comprovada desde as épocas mais remotas. A Anta de Caria, os Castros de Caria e da Chandeirinha certificam a longevidade da fixação na pré e proto-história. A presença romana é também evidente pelos testemunhos da Torre Centum Cellas ou pela Villa da Quinta da Fórnea, pontos de passagem da via que ligava Mérida à Guarda.