Por: Nelson de Paula.
"Castelo do Lindoso" - 10/03/2019
Em 1895 ali estava aquartelado o Regimento de Infantaria nº 5, da Graça, em Lisboa. Nesse ano, registrou-se a desativação do forte, passando as suas instalações a ficar sob a vigilância da Guarda Fiscal. No ano seguinte (1896) solicitou-se à Administração Geral das Alfândegas permissão para restituir ao Ministério da Guerra o castelo (6 de novembro).
Determinou-se que fosse enviado à Comissão das Fortificações do Reino uma planta do mesmo com as indicações do estado em que se encontravam as muralhas e o valor que possuíam. Em 1897 existia apenas uma peça de ferro, encravada, nos fossos. É desse momento o auto de entrega do castelo, com descrição do mesmo, ao Ministério da Guerra pela Guarda Fiscal.
Data de 15 de janeiro de 1898 o inventário dos prédios pertencentes ao Ministério da Guerra existentes na 4ª Divisão Militar; num dos quartéis vivia com a família o cabo de veteranos encarregado da guarda do castelo; a porta do castelo estava em completa ruína; na fortificação abaluartada, o espaço oeste, entre os dois revelins da direita, produzia hortaliça para o cabo que ali vivia, e o resto do recinto produzia alguma erva.
O conjunto encontra-se classificado como Monumento Nacional por Decreto de 16 de junho de 1910, publicado no Diário do Governo nº 136, de 23 de junho de 1910. Para comemorar a visita pastoral do Arcebispo de Braga ao Lindoso, carregou-se a única peça de artilharia (de calibre 8) que o castelo possuía, para salvar, mas ela rebentou (18 de março de 1932).
Data de 1934 a avaliação do terreno da esplanada em 8,3 milhões de escudos, e de 1939 o auto de entrega do castelo, com 8.912 m², ao Ministério das Finanças (a 15 de junho). Em 2 de fevereiro de 1941 registrou-se o desabamento de um troço de 10 metros de muralha, do lado nordeste do castelo.
A 12 de fevereiro o General Diretor da Arma encarregou o chefe da Repartição de informar que não era oportuno proceder-se à reconstrução do troço de muralhas, visto estar em curso a entrega do imóvel ao Ministério das Finanças. A 27 de fevereiro é lavrado o auto de entrega do castelo ao Ministério das Finanças, o qual incluía a torre quadrada, casas e quartéis no interior, das quais apenas a nº 4 e 5 conservavam cobertura.