Por: Nelson de Paula.
"Castelo de Abrantes" - 31/03/2019
O Castelo de Abrantes, também conhecido como Fortaleza de Abrantes, fica situado no Ribatejo, nas freguesias de São João e São Vicente, concelho de Abrantes, distrito de Santarém, em Portugal. A silueta das muralhas do Castelo de Abrantes domina uma elevação da cidade e vigia atentamente a proximidade do extenso caudal do rio Tejo.
Há quem diga que a antiga fortaleza pré-romana terá sido conquistada no ano de 130 a. C. pelo cônsul romano Décio Júnio Bruto. Nessa época, Abrantes havia se tornado num ponto estratégico fundamental, dado que esta cidade estabelecia a confluência de várias redes viárias.
A cidade de Abrantes foi conquistada por Dom Afonso Henriques aos muçulmanos em 1148. Mais tarde, seria alvo de dois longos e desgastantes cercos que foram levados a cabo pelos Almorávidas, tendo o primeiro ocorrido 21 anos mais tarde, em 1169. No entanto, as forças cristãs sob o comando do primeiro rei português defenderam com valentia e destreza este castelo.
Já no século XIII, o rei Dom Afonso III de Portugal procedeu a melhoramentos substanciais nas muralhas da cidade. No entanto, foi Dom Dinis quem cumpriu a tarefa de concluir o perímetro defensivo, ao mesmo tempo que terminava a remodelação da Torre de Menagem.
Durante a crise de 1383 a 1385, o mestre de Avis, futuro Dom João I de Portugal, recebeu o apoio desta praça-forte, tendo sido aí tomada a decisão de enfrentar o exército castelhano em Aljubarrota. Porém, na segunda metade do século XVI, a fortaleza de Abrantes entrou em acentuada decadência, principalmente durante a dinastia filipina pois, ao longo da ocupação espanhola, o seu interesse estratégico foi considerado nulo.
No entanto, em finais do século XVII, D. Pedro II mandou reedificar a praça-forte de Abrantes, pois as “Guerras da Restauração” tornariam a colocá-la no centro da estratégia defensiva do território nacional. Nessas grandes obras de remodelação foram acrescentados ao castelo medieval dois meios-baluartes, sendo que, ao mesmo tempo, procedia-se à adaptação e alargamento das muralhas, preparando-as para os impactos destruidores da pirobalística.