Por: Nelson de Paula.
"Castelo de Santo Estevão" - 07/07/2019
Em consequência do assalto a Chaves, o Castelo de Santo Estevão terá sofrido grandes danos. De acordo com a tradição o soberano aqui terá retornado com as suas tropas, na noite de Natal de 1423. Da Guerra da Restauração aos nossos dias. Durante a Guerra da Restauração da Independência (1640-1668), em 1666, a torre foi tomada pelas tropas do general Baltazar Rojas Pantoja, vice-rei e governador das Armas da Galiza, que trucidaram a sua reduzida guarnição, saqueando e incendiando a vila.
As suas forças dirigiram-se em seguida para o Castelo de Monforte de Rio Livre, sendo, porém, batidas por tropas cavalarianas portuguesas sob o comando do general Francisco de Távora, com o auxílio de forças sob o comando do conde de Alvor. Findo o conflito, o que restou da fortificação medieval caiu em abandono e em ruína.
Chegou até aos nossos dias apenas a torre senhorial, classificada como Monumento Nacional pelo Decreto n.º 29.604, publicado no Diário do Governo, I Série, n.º 112 de 16 de maio de 1939. Após ter sido utilizado como residência paroquial, o imóvel foi cedido, a título precário, à Casa do Povo de Santo Estêvão (27 de abril de 1942), vindo a ser inscrito a favor do Estado em 13 de julho de 1951.
A intervenção do poder público fez-se sentir através da Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN) que iniciou intervenção de consolidação e restauro. Desse modo, em 1940 procedeu a demolição de anexo para isolamento da Torre e reconstruiu a armação do telhado em madeira de castanho incluindo forro de pinho nacional e frechal de betão armado.
No ano seguinte (1941) procedeu-se o apeamento e reconstrução completa do pilar central da torre, compreendendo a construção de alicerce e execução de novas cantarias, bem como a reconstrução completa de janelas geminadas, compreendendo a substituição de cantarias mutiladas, a reparação geral das ombreiras, escoramentos, o entaipamento de vãos em alvenaria e cantaria, o refechamento de juntas e limpeza de cantarias.
Também a colocação de dois tirantes e um pendural de ferro quadrado na armação do telhado incluindo o florão em chapa de ferro, a execução da cobertura do telhado com telha nacional dupla, a execução e assentamento de vigas grossas em madeira de negrilho nos dois pavimentos, a demolição de muros de alvenaria, a consolidação geral das ameias da torre incluindo a substituição de pedras mutiladas, a execução de muros de alvenaria argamassada, e a regularização do terreno envolvente.