Por: Nelson de Paula.
"Castelo de Castelo Branco" - 19/09/2021
O Castelo de Castelo Branco, também conhecido localmente como Castelo dos Templários, localiza-se na cidade, freguesia, concelho e distrito de Castelo Branco, em Portugal. Era um castelo ibérico estratégico e integrava, na Idade Média, a chamada Linha da Raia ou Linha do Tejo. Severamente danificado ao longo dos séculos, o castelo dos Templários permanece como o mais importante registro histórico-militar da cidade.
Logo que os Templários tomaram posse de Moncarche, em 1209, terão logo feito planos para a construção do castelo. O castelo de Castelo Branco data dessa época, sendo a notícia mais antiga da sua existência datada de 1230. O castelo tinha um aspecto geral compacto, fechado sobre si e preparado para uma defesa autônoma.
Analisando a planta, no Livro das Fortalezas de Duarte de Armas, parece evidente que quando da sua construção, sob o ponto de vista militar, ficou a bastar-se a si próprio. Tinha a forma de um quadrilátero mais ou menos regular defendido perifericamente por sete torreões, com um comandamento total sobre o horizonte. Os torreões parecem obedecer a uma certa simetria com a evidente exceção da torre de menagem.
Embora tenha desaparecido na sua quase totalidade é possível verificar que o castelo de Castelo Branco era paradigma do castelo ibérico estratégico. Tinha três pátios de acesso distinto: um primeiro de acesso livre; o do palácio e o da torre de menagem. Passou a integrar, juntamente com o Castelo de Almourol, o Castelo de Monsanto, o Castelo de Pombal, o Castelo de Tomar e o Castelo do Zêzere, uma linha de defesa denominada como Linha do Tejo.
A entrada para a cidadela fazia-se por um arco românico (semelhante ao arco do bispo. Em posição simétrica havia uma porta falsa, que vemos por vezes denominada por porta da traição. O Palácio dos Alcaides e Comendadores era um edifício composto por três corpos distintos: o principal tinha um primeiro andar com uma varanda colunada. Ao palácio acedia-se por uma escadaria.
A torre de menagem tinha um porte mais altivo que as outras e tinha maior volume de modo a constituir uma quebra com os outros torreões. A sua forma era hexagonal, forma extremamente rara nas fortalezas portuguesas. A forma prismática correspondeu a um estado evolutivo na medida em que quanto mais faces tinha a torre melhor se fazia a vigilância, porque diminuíam os ângulos mortos.