Por: Nelson de Paula.
"Castelo de Santiago do Cacém" - 24/10/2021
Em 1157 ocorreu a Conquista do castelo mouro de Cacém pelos Templários. Em 1185 foi reconquistado pelos mouros e em 1186 nova reconquista cristã pelos cavaleiros da Ordem de Santiago. Em 1191 nova reconquista moura. Em 1217 ocorreu a conquista definitiva pelos cristãos, e doação aos Espatários, confirmada por D. Afonso II. Em 1310 foi feita a doação a Dona Vetaça, dama da corte da Rainha Santa Isabel. Em 1336, o castelo regressa à posse da Ordem de Santiago.
Em 1510 foi concedido o foral manuelino de Santiago do Cacém. Em 1594, Filipe II faz doação aos duques de Aveiro. Em 1700, o castelo está muito degradado. Em 1759, passa à posse da Coroa. Em 1796 ocorre a destruição de parte do pano de muralha em virtude da reconstrução da igreja matriz. Entre 1938 e 1946, foram levadas a cabo pela DGEMN várias diligências para remover o cemitério municipal de dentro do recinto muralhado para local mais adequado, sem qualquer resultado prático.
Em 1940, houve a colocação do Cruzeiro comemorativo dos centenários, com a respectiva lápide epigrafada. Em Fevereiro de 1941, um ciclone causou grandes danos no castelo. Em Março de 1963, acontece a derrocada do muro de suporte do terreno anexo à escadaria de acesso ao castelo e à igreja e de parte da muralha do mesmo lado. Em 1964, a muralha apresenta grandes fendas do lado Sul. Em 1985 o abatimento de parte do solo do interior do pátio da antiga alcáçova, decorrente de uma inundação, deixando a descoberto uma abertura provocada pelo desabamento da abóbada da cisterna.
Em 01 junho de 1992 o imóvel é afeto ao Instituto Português do Património Arquitetônico, pelo Decreto-lei 106F/92, DR, 1.ª série A, n.º 126 e em 20 dezembro de 2007, o imóvel é afeto à Direção Regional da Cultura do Alentejo, pela Portaria n.º 1130/2007, DR, 2.ª série, n.º 245.
Em 1936 ocorreram escavação de terras e sua remoção e construção de paredes de muralhas. Em 1937 acontece a escavação de terras e reconstrução completa de paredes de alvenaria argamassada, adarves, parapeitos e merlões. Entre 1940 e 1941 ocorre a reconstrução de muralhas de alvenaria argamassada, iguais às existentes, com cintas encobertas de betão armado, adarves, parapeitos e merlões, escavação de terras e execução de alicerces.
Em 1942 acontece a reconstrução de muralhas, adarves, cortinas e merlões, demolição de paredes de alvenaria argamassada; execução de telhados de telha tipo românica e telhas velhas em capas. Em 1943 ocorre a reconstrução de muralhas, adarves, cortinas e merlões; demolição de paredes de alvenaria argamassada; introdução de betão armada em placas e vigas encobertas para consolidação da torre e muralha. E em 1945 acontecem obras de conservação e restauro.
Em 1948 acontece a montagem do cruzeiro, incluindo o alicerce; demolição de parede de alvenaria, construção de muralha em alvenaria, sendo as faces com pedra. Em 1955 obras de consolidação e reintegração: consolidação e restauro dos paramentos das muralhas, com construção de alvenaria hidráulica para consolidação da muralha do castelejo e em coroamento das muralhas do mesmo; conclusão do restauro da barbacã, com alvenaria hidráulica nas zonas por concluir; construção e assentamento de portas em casquinha.
Em 1961 acontece a instalação de iluminação festiva. Em 1964 o levantamento do muro de suporte do parque de estacionamento, junto à escadaria de acesso à igreja e ao castelo e finalmente no ano de 1986 ocorrem obras de consolidação e recuperação.