Por: Nelson de Paula.
"Castelo de Campo Maior" - 25/06/2023
A magistral e as obras exteriores rodeiam completamente o Outeiro de Santa Vitória, no topo do qual se ergue o castelo, a 299 m de altitude, transformado em cidadela das fortificações abaluartadas. Em plena raia, a 10 km da linha de fronteira e a 18 km de Badajoz e de Elvas (lugares que se avistam das suas torres), a fortaleza está rodeada de norte a sudeste, por edificação moderna e toda a vila se rodeia de terrenos de grande aptidão agrícola.
Os construtores foram os Engenheiros Militares Diogo Lopes de Sepúlveda, Luís Serrão Pimentel, Manuel de Azevedo Fortes, Nicolau de Langres e João Pascácio. As muralhas perpendiculares ao solo, a ligar torreões, descrevendo grosseiramente uma meia elipse, com alvenaria de pedra disposta à fiada e argamassa de cal, com alguns jorramentos e cunhais de silharia.
Fortificação abaluartada: cortinas escarpadas de traçado abaluartado, com paramentos de alvenaria de pedra disposta à fiada e argamassa de cal. Fosso e contraescarpa construída com a mesma técnica utilizada nas cortinas. O enchimento dos muros a pedra miúda e terra argilosa e obras exteriores à base de maciços de terra confinados por muros escarpados formando revelins.
As Intervenções realizadas pela Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais foram: De 1943 a 1945, obras de reconstrução. Em 1964 reconstrução e impermeabilização das Portas da Vila e reconstrução das cortinas adjacentes. De 1965 a 1966, reconstruções dos meios baluartes do Curral dos Coelhos de Lisboa e de São Sebastião e reparação de ameias no castelo e colocação da porta da traição.
Em 1967 obras de conservação no castelo (torre Norte) e meio baluarte do Curral dos Coelhos. Em 1972, obras de conservação no baluarte da Boa Vista e cortina adjacente para o lado do meio baluarte de Santa Rosa e reparação do altar da capela do Senhor dos Aflitos. Em 1980, restauros na muralha Noroeste do castelo, paiol, arcobotantes da muralha Sudoeste e canhoeiras da cortina adjacente. Entre 1982 e 1984, reparação da cobertura e porta do edifício do Corpo da Guarda e do torreão adjacente.
Em 1985 recuperação do armazém do castelo. Em 1986, restauros na torre Oeste do castelo, paiol e cortina interior no seguimento da muralha Leste do castelo, reabilitações da cavalariça, Corpo da Guarda e Prisão adossadas ao troço Nordeste da muralha da cerca urbana, para servirem de salões de exposições e oficinas de artesanato. E em 1996, obras de beneficiação e reparação geral na Capela do Senhor dos Aflitos.