Por: Nelson de Paula.
"Castelo da Lourinhã" - 29/10/2023
A Igreja de Santa Maria do Castelo (ou Igreja do Castelo ou ainda Antiga Igreja Matriz da Lourinhã) situa-se na freguesia de Lourinhã e Atalaia, no município de Lourinhã, no litoral da região Oeste, encontrando-se a 63 km de Lisboa e a 2,9 km da orla costeira. O edifício atual foi construído nos finais do século XIV, em estilo gótico. Foi classificada Monumento Nacional no dia de 29 de junho de 1922.
A região da Lourinhã foi habitada desde os tempos da pré-história. O Museu da Lourinhã tem vestígios e objetos da presença humana na região desde o Paleolítico, do Neolítico e também do Calcolítico. Foram várias vagas sucessivas de povos que deixaram as marcas da sua passagem na região até a chegada dos romanos. Esta ação civilizadora moldou definitivamente o modo de vida das populações nessa região.
A origem da vila medieval está ligada a D. Jordão, um cavaleiro francês que participou no cerco bem-sucedido de Lisboa em 1147. O rei Afonso Henriques concedeu a Jordão a região da Lourinhã e permitiu que concedesse um foral aos seus colonos em 1160.
O primeiro foral foi atribuído por D. Jordão em 1160 e depois confirmado por Sancho I em 1218 e por D. Afonso III em 1251. Um novo foral foi concedido por D. Manuel I, em 1512. D. Jordão mandou construir a Igreja do Castelo, na segunda metade do século XIV. Foi construída junto das muralhas do antigo castelo (hoje desaparecido).
Os direitos da Lourinhã foram confirmados por cartas do rei Sancho I em 1218 e outra vez por Afonso III em 1258. A paróquia da Lourinhã transformou-se numa das mais ricas da diocese de Lisboa, refletindo-se essa riqueza na sua igreja principal, um exemplo fino da arquitetura gótica portuguesa do século XIV. Os trabalhos góticos da igreja principal foram patrocinados por Lourenço Vicente, um arcebispo de Lourinhã nascido em Braga que recebeu a vila como uma doação do rei João I em 1384.
A primitiva ocupação humana da região remonta à pré-história, conforme o demonstram os testemunhos arqueológicos reunidos no seu museu. À época das Invasões romanas da Península Ibérica, aqui existiu uma povoação denominada de Laurinius, sobre um pequeno porto navegável, em um braço de mar. Devido ao assoreamento, a atual vila é banhada apenas por um pequeno curso d'água, o Rio Grande.