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  Confira mais um capítulo da História de Portugal

Por: Nelson de Paula.

"CASTELO DE LANHOSO" - 28/04/2024

O castelo foi classificado como Monumento Nacional por Decreto de 16 de junho de 1910, publicado no DG nº 136 de 23 de Junho de 1910. A intervenção do poder público iniciou-se a partir de 1938, quando a Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN) deu início a obras de consolidação e restauro, entre as quais trabalhos de prospecção arqueológica, limpeza, reconstituição dos dois cubelos ladeando o portão de entrada, do arco desse portão, da torre de menagem, de troços das muralhas, e ainda de uma estrada de acesso ao castelo e de beneficiações diversas no Santuário de Nossa Senhora do Pilar.

Novas campanhas se sucederam, pelo mesmo órgão, em 1958-1959, em 1973 e em 1975-1976. Mais recentemente, a Câmara Municipal, com o apoio do Associação Adere-Lanhoso, procederam a trabalhos de limpeza e consolidação de estruturas, bem como a remodelação dos pisos interiores da torre, quando o castelo foi reaberto ao público (1996).

Atualmente, além do castelo medieval, que oferece uma pequena exposição com testemunhos do castro vizinho, o visitante pode conhecer ainda o Santuário de Nossa Senhora do Pilar e o Castro de Lanhoso.

Quanto às características, Na cota máxima de 385 metros acima do nível do mar, o castelo apresenta planta hexagonal irregular, em estilo românico e gótico, rasgando-se nos seus muros a Sul, junto à Torre de Menagem, o portão de entrada, em arco quebrado, flanqueado por dois torreões de planta quadrangular, ameados. A muralha é percorrida por adarve protegido por um parapeito encimado por ameias piramidais, algumas das quais apresentam aberturas com troneiras.

Na cota mais elevada do terreno, a Leste, destaca-se a Torre de Menagem, com planta no formato quadrangular, erguida a partir dos primitivos alicerces romanos (três torreões equidistantes). As suas paredes, que se elevam a cerca de dez metros de altura, ultrapassam um metro de espessura. Uma escada de pedra provê a comunicação entre a porta da torre em arco quebrado, rasgada a três metros do solo, e a praça de armas, com uma área quadrangular de aproximadamente 500 metros quadrados, onde se erguiam a moradia do alcaide e demais dependências, inclusive a cisterna.

Externamente, o conjunto é defendido por uma barbacã de planta aproximadamente elíptica, na qual se rasga, a norte, o portão de entrada, acedido por uma escadaria entalhada na rocha e flanqueado por um cubelo ameado. E um segundo cubelo ergue-se a leste.