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  Confira mais um capítulo da História de Portugal

Por: Nelson de Paula.

"CASTELO DE SÃO JORGE" - 14/07/2024

No lance sul rasga-se a porta principal, de São Jorge, semelhante a um arco de triunfo, com arco pleno em fiadas adornadas com mármore, sobre o fecho do qual se pode ler "4 - 4º - 1846 - D. Maria II", sendo rematada com pedra de armas reais. Lateralmente, em letras de bronze, uma dedicatória ao duque da Terceira, Ministro da Guerra. Esta porta dá acesso à Esplanada. Nesta destaca-se a sala Ogival e a oeste a "Casa do Leão".

A partir da Esplanada nasce o Passeio que envolve o monumento pelos lados oeste e norte, com parapeito. As suas muralhas, coroadas por merlões e servidas por adarves, são interrompidas por 10 torres de planta quadrada, salientes para o exterior, ocupando no pano de muralha norte, a noroeste, uma torre coberta por um telhado de 5 águas, sendo cada face rasgada por uma seteira. No seu interior abre-se uma sala, ao nível do adarve, de cobertura em travejamento em madeira.

Ao centro deste pano de muralha encontra-se uma torre coberta por telhado de 4 águas, sendo cada face rasgada por uma janela em arco quebrado. Uma porta inscrita em arco quebrado dá acesso ao interior cuja cobertura é idêntica à da torre anterior. No vértice nordeste a Torre da Cisterna, de eirado ameiado com muros rasgados por seteiras, há uma cisterna com guarda de pedra e armação de ferro.

No pano de muralha leste, ao centro, cerca de 2 metros acima do adarve, uma torre de eirado descoberto, ameiado e rasgada por seteiras, cujo acesso se faz por uma escada estreita em pedra. No vértice sudeste existe uma torre mais alta, a Torre do Observatório, de eirado descoberto e ameiado, com acesso através de uma escadaria de pedra de 2 lanços.

A meio do pano sul situa-se a Torre de Ulisses, com planta de 2 pisos, tendo o 1º cobertura em abóbada de aresta e o 2º, cuja entrada se faz por uma porta de vão retangular aberta na face norte tem 3 faces rasgadas por seteiras e o teto em travejamento de madeira com cobertura de telhado a 4 águas equivalendo este a um eirado.

No vértice sudoeste uma torre ameiada, cuja entrada se faz por uma porta em arco pleno, parecendo faltar-lhe a pedra de fecho, antecedida por alguns degraus em pedra que nascem do adarve. No interior uma sala com teto em travejamento de madeira.

O pano de muralha oeste tem 3 torres cujos eirados se situam acima do adarve, sendo o seu acesso feito por uma estreita escada de pedra na face leste das torres. Só 3 faces são ameiadas, correndo nelas um estreito adarve. Existem vestígios das cercas Moura e Fernandina, estando a sua maior parte integrados em edifícios.

Da Cerca Moura existem vestígios de 7 lanços de muralha visíveis da via pública, 13 Torres e cubelos, 9 dos quais são nitidamente visíveis e 3 portas ou arcos. E finalmente em relação à Cerca Fernandina, existem 8 lanços e cubelos, 5 deles, perfeitamente identificáveis e 1 porta ou arco. O centro de interpretação é em madeira e ferro, de planta retangular simples e cobertura plana.