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  Confira mais um capítulo da História de Portugal

Por: Nelson de Paula.

"FORTE DE SÃO FRANCISCO XAVIER" - 15/09/2024

O Forte de São Francisco Xavier situa-se na freguesia de Nevogilde, no concelho e distrito do Porto, em Portugal. Em posição dominante sobre o oceano Atlântico e a pouca distância da foz do rio Douro, é também conhecido como Castelo do Queijo por, segundo a tradição, ter sido edificado sobre uma rocha de granito arredondada, e com um formato similar ao de um queijo (penedo do Queijo).

Em ruínas em meados do século XVII, serviu como alicerce para esta pequena fortificação marítima, erguida às custas da Câmara Municipal da cidade do Porto durante a Guerra da Restauração da independência portuguesa (1640-1668), com traça do engenheiro militar francês Miguel de l'Ècole, tendo a obra sido dirigida por Fernando César de Carvalhais Negreiros (capitão da Armada Real). Sobre a sua periodização e as razões para a sua construção, aponta-se:

Não se sabe ao certo o ano em que foi fundado este Castelo de S. Francisco Xavier ; é de presumir o tenha sido pelos anos de 1661 ou 1662, estando as nossas costas ameaçadas pela armada da Galiza.

Essas datas constam, a primeira, de um auto onde se define o local escolhido para a construção do forte, e, a segunda, de um ofício cujo texto permite depreender que, por essa altura, já as suas obras iam adiantadas. No início do século XVIII, entretanto, em 1717, a Câmara do Porto requereu a sua desativação a D. João V (1706-1750), justificando que o castelo chamado do Queijo era inútil e supérfluo e que apenas servia para fazer uma grande despesa ao Cofre desta Cidade.

Despesa, segundo a câmara, com o pagamento dos oficiais que se criaram para a assistência do dito Castelo, onde nunca residem, aproveitando-se da conveniência do soldo. O parecer do Conselho de Guerra do soberano, entretanto, indeferiu este requerimento em 1720.

No contexto das Guerras Liberais, durante o cerco do Porto esteve ocupado pelas forças conservadoras de D. Miguel (1828-1834), apesar do bombardeio combinado da artilharia das baterias da Luz e dos navios da esquadra liberal de D. Pedro (1826), que bastante castigaram a sua estrutura. Depois da jornada do Lordelo foi abandonado e saqueado pela população.